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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Olhos castanhos

Nathy
                O coração acelerou, sua respiração se tornou ofegante, ela pode sentir suas mãos e  lábios adormecerem, seus olhos umedeceram-se, puseram-se bem abertos até que ao desacelerar de tudo um ultimo brilho de vida abandonou seus olhos castanhos. As pálpebras não estavam fechadas, assim como a sua boca semi aberta dava uma leve sensação de que algum oxigênio ainda circulava por ali.

[...]

Nathy e Pierre
                Castanhos! Tão castanhos e belos como um dia pude imaginar, agora sem vida, mas ainda castanhos.
                Pierre continuava caminhando pela rua que dava na direção de sua casa, seu coração estava apertado pelo turbilhão de sentimentos que se manifestavam ao mesmo tempo. Buscava se concentrar em algo que lhe tirasse da cabeça o pensamento de que os germes consumavam aqueles olhos castanhos.
                Com as mãos enfiadas no bolso Pierre continuava caminhando, sua boina protegia-lhe dos poucos raios solares do fim de tarde. Por um momento ele encontrou-se indagando se devia olhar para frente, para baixo ou para cima já que não importava em que em que direção ele olhasse, ainda não estava conseguindo enxergar nada, olhar e não ver, naquele momento ele estava consciente de que existia, mas restava-lhe a dúvida se ele ainda estava vivo. [...]


por: Thaís Pereira

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